10/01/2011

CONSTATAÇÃO.


Ouço a chuva e nesse som posso distinguir a lamúria de muitas vozes,
A solidão de muitos ouvidos,
A escuridão de muitos olhos,
O carinho não recebido,
O abraço não dado,
a boca não beijada e as palavras não ditas,
tantos corações que choram como essa chuva que cai,
desafiando a lógica , a vontade , a natureza e a dor,
esperando que ela lave e leve embora tais sentimentos sujos,
que insistem em habitar corações não habitados.
Queria ter o poder de lavar esses corações,
arrumar a casa, trocar a mobília , abrir as janelas ,
arejar sentimentos mofados , expulsar moradores que se acomodaram e ali ficaram,
fazer desses corações moradias novas , felizes, lavados com o perdão , o amor ,
a compreensão e a consciência de que a vida é assim , um desafio permanente ,
um constante pedido de limpeza, de renovação, de deixar entrar o sol.
A amizade que ofereço é assim, sempre querendo trazer o sol, a lua brilhante,
boas novas e sempre estar presente quando minha presença se faz necessária.
Eu tento, sei que muitas vezes não é possível, mas procuro ser amiga dos meus
amigos.
by Ivanise Reatto.

2 comentários:

Ivanise Meyer disse...

Oi, Ivanise!
Gostei da sua poesia! Vou linkar seu blog no meu Baú das Histórias e Poemas.
Fiquei feliz também por encontrar uma pessoa com nome igual ao meu(Ivanise com "s").
Tudo de bom e positivo pra ti!
Um beijinho,
Ivanise :)

Unknown disse...

Quanta leveza nas suas palavras. Maneja -as com sobriedade e doçura e isso é fundamental para se construir um poema. No seu caso não é um são vários...e as palavras moldam-nos o sentimento... parabéns!